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Maré baixa: como navegar com segurança e aproveitar as oportunidades

Você se preparou, abasteceu, reuniu os amigos e partiu com a lancha. No caminho, a maré baixa revela um banco de areia que não estava lá na última saída. Em minutos, o passeio vira dor de cabeça. Situação comum? Sim. Evitável? Totalmente.
A maré baixa transforma o cenário da navegação. Muda a profundidade, altera o comportamento das correntes e afeta até a prática de esportes náuticos.
Neste artigo, vamos mostrar os principais desafios desse fenômeno e como se antecipar a cada um deles com planejamento, leitura de maré e conhecimento de área.
Boa leitura!
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O que é maré baixa e como ela afeta a navegação?
Maré baixa é o momento em que o nível do mar atinge sua menor altura no ciclo de marés.
Quando isso acontece, áreas rasas, pedras e bancos de areia podem ficar expostos, dificultando a navegação em trechos com pouca profundidade.
O risco de encalhe também aumenta, e o acesso a canais, marinas e praias pode ficar limitado.
A maré também influencia a força e a direção das correntes, o que exige atenção redobrada ao planejar rotas ou conduzir a embarcação.
Qual a diferença entre maré baixa e baixa-mar?
Maré baixa e baixa-mar não são a mesma coisa. A maré baixa é o período em que o nível da água está em processo de descida. Já a baixa-mar é o ponto exato em que essa descida atinge o nível mais baixo antes de começar a subir novamente.
Na prática, a maré baixa pode durar algumas horas, dependendo da região e das condições astronômicas. Durante esse intervalo, o mar vai recuando gradualmente.
A baixa-mar acontece em um único instante dentro desse período: é o horário de mínima altura da água indicado nas tábuas de maré.
Sendo assim, a baixa-mar é o momento mais crítico para o tráfego em áreas rasas, enquanto o período da maré baixa exige atenção constante à profundidade e à movimentação da água.
Riscos comuns da navegação em maré baixa
A maré baixa revela riscos que passam despercebidos quando o mar está mais cheio. O encalhe é o mais comum deles, especialmente em áreas onde a lâmina d’água diminui rápido e o fundo é irregular.
Pedras, bancos de areia, galhadas e estruturas submersas também podem surgir de surpresa e danificar casco, leme ou hélice. Mesmo em regiões conhecidas, navegar em maré baixa exige atenção e leitura cuidadosa das condições do fundo.
Para ilustrar, vale olhar para um caso que virou notícia no G1: a Praia de Arpoeiras, no litoral do Ceará. Durante a maré seca, o mar recua tanto na região que surge uma faixa de areia de até 4 km.
O fenômeno, chamado de “praia seca”, ocorre por causa da geografia da região, com fundo raso e proximidade de um estuário. A cena muda ao longo do dia e afeta diretamente a saída e a volta dos barcos, como explicaram moradores e pescadores locais na reportagem.
Situações como essa mostram como o risco de encalhe é real, principalmente para quem navega em áreas com grande variação de maré e pouca familiaridade com o relevo local.
Esportes náuticos e maré baixa: o que muda?
A maré baixa altera diretamente as condições para a prática de esportes náuticos, especialmente aqueles que envolvem o uso de embarcações.
Modalidades como esqui aquático, wakeboard, windsurf e a própria pesca esportiva, por exemplo, exigem profundidade suficiente para garantir tração, flutuabilidade e segurança durante a atividade.
Quando o nível da água recua, o espaço navegável diminui. Esse fator pode limitar o uso do motor em determinadas áreas, principalmente próximas à costa, onde surgem bancos de areia, pedras e galhadas.
Nesses momentos, o risco de colisão aumenta, tanto para quem conduz a lancha quanto para quem está sendo rebocado.
Em locais com canais estreitos ou fundos muito rasos, a maré baixa pode tornar inviável a prática desses esportes. Mesmo que o trecho pareça navegável, a lâmina d’água reduzida compromete o desempenho da embarcação e a segurança de quem está na água.
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Como consultar a tábua de marés antes de sair com sua lancha?
No Brasil, a Marinha é a principal fonte oficial para a tábua de marés. O Centro de Hidrografia da Marinha (CHM) publica esses dados anualmente e mantém versões atualizadas no site.
Aplicativos de previsão náutica e plataformas como o NAUTIDE também oferecem esse tipo de informação, muitas vezes com leitura simplificada e alertas de variação.
É importante lembrar, contudo, que cada local tem sua própria dinâmica de maré. Por isso, é importante escolher o ponto mais próximo possível da área onde a embarcação será utilizada.
Leia mais: 10 Aplicativos de navegação marítima para usar no seu barco
Cuidados na ancoragem durante a maré baixa
Ancorar com maré baixa exige atenção redobrada. O principal risco é o encalhe da embarcação se a maré subir ou descer além do previsto.
Se o fundo for muito raso, a lancha pode ficar presa. Se estiver ancorada com corda curta, pode arrastar quando o nível da água subir e puxar a âncora.
O ideal é sempre considerar a variação total de maré antes de lançar a âncora. Se a maré estiver baixa no momento da ancoragem, é preciso deixar cabo suficiente para acompanhar a subida da água.
Se estiver alta, é preciso garantir que a profundidade mínima não será um problema quando a maré descer.
O tipo de fundo também influencia. Áreas com lama, areia fofa ou vegetação submersa podem não segurar bem a âncora, principalmente com corrente ou vento. Em maré baixa, esse tipo de fundo costuma ficar mais exposto e vulnerável a movimentações.
Outro ponto importante é manter distância segura de pedras, bancos de areia e outras embarcações. O recuo da maré pode alterar completamente a posição da lancha em relação a esses obstáculos.
A recomendação é monitorar o GPS náutico, marcar o ponto de ancoragem e acompanhar a movimentação da lancha ao longo do tempo.

Checklist para navegar com segurança em maré baixa
Antes de sair com a lancha em maré baixa, vale revisar alguns pontos básicos para evitar riscos. Veja o que não pode faltar:
- Verificar a tábua de marés atualizada
- Conferir a profundidade mínima da rota
- Avaliar o calado da embarcação
- Consultar cartas náuticas da região
- Evitar canais estreitos na baixa-mar
- Planejar ancoragens com folga de cabo
- Manter distância de obstáculos e margens
- Monitorar GPS e usar sonda, se houver
- Ter plano alternativo de retorno
- Garantir itens de segurança a bordo
- Revisar motor e direção antes da saída
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Conclusão
Navegar em maré baixa exige atenção, planejamento e leitura correta das condições da região. Conhecer os horários, a variação do nível da água e os riscos envolvidos ajuda a evitar encalhes, prejuízos e imprevistos que comprometem a experiência a bordo.
Seja para um passeio em família, prática de esportes náuticos ou travessias mais longas, adaptar a navegação à maré baixa faz parte da rotina de quem leva o mar a sério.
Aproveite para saber também sobre a maré cheia e como ela influencia na navegação, pesca e esportes náuticos!

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