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15 de outubro de 2025

Saiba como a maré cheia influencia navegação, pesca e esportes náuticos

maré cheia

A maré cheia é um dos fenômenos mais importantes para quem navega, pesca ou pratica esportes náuticos. Saber quando ela ocorre e como se comporta muda completamente a experiência no mar.

Neste artigo, vamos explicar o que é maré cheia, como ela se forma e qual a diferença entre os principais termos usados por navegadores. Também vamos mostrar como ela influencia a navegação, afeta a pesca esportiva e interfere na prática de esportes náuticos. 

E, claro, trazemos ferramentas úteis para acompanhar as tábuas de maré, prever horários com mais precisão e planejar passeios com segurança.

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O que é maré cheia e como ela se forma?

Maré cheia é o nome dado ao ponto mais alto que o nível do mar atinge em um dos ciclos diários de maré. Ela ocorre por influência direta da força gravitacional que a Lua e, em menor escala, o Sol exercem sobre os oceanos.

A movimentação da Terra em torno de seu próprio eixo e a posição relativa entre Terra, Lua e Sol fazem com que a água do mar suba e desça em intervalos regulares. Esse movimento é chamado de maré. 

Quando a atração gravitacional da Lua está alinhada de forma mais intensa com uma determinada região da Terra, o mar se eleva. Esse ponto elevado, dentro de um ciclo, é o que se chama de maré cheia.

O comportamento da maré varia de acordo com a localização geográfica. No Brasil, o litoral é majoritariamente influenciado por marés semidiurnas, ou seja, com dois picos de alta e dois de baixa por dia. 

A amplitude e o horário dessas variações também sofrem influência de fatores como relevo submarino, ventos, pressão atmosférica e configuração da costa.

Diferença entre maré cheia, maré alta e preia-mar

Maré cheia, maré alta e preia-mar são expressões muitas vezes usadas como sinônimos, mas há pequenas diferenças no uso técnico de cada uma.

Maré alta e preia-mar são termos que designam, de forma objetiva, o momento em que o nível do mar atinge seu ponto mais elevado dentro de um ciclo de maré. 

O termo “preia-mar”, inclusive, é mais tradicional e aparece com frequência em publicações náuticas oficiais. 

Já “maré alta” é mais comum no vocabulário popular e também adotado em boletins meteorológicos e tábuas de maré.

Maré cheia, por sua vez, é uma expressão mais ampla. Pode se referir tanto ao instante do pico da maré quanto ao período em que o mar se mantém elevado. 

Em contextos técnicos e náuticos, a preferência costuma ser pelo uso dos termos “maré alta” ou “preia-mar” para indicar com precisão o momento do nível máximo.

Relação da maré cheia com as fases da Lua e a influência do Sol

A maré cheia está ligada ao alinhamento entre a Terra, a Lua e o Sol. As fases lunares indicam essas mudanças de posição e ajudam a prever quando o nível do mar vai subir mais ou menos.

Durante as luas nova e cheia, a Lua e o Sol atuam juntos na atração gravitacional sobre os oceanos. Como os dois estão alinhados com a Terra, a força combinada se intensifica e eleva mais a água. 

Esse alinhamento gera marés mais fortes, com picos mais altos, que são chamados períodos de sizígia.

Nas fases de quarto crescente e minguante, esse alinhamento não acontece. A força do Sol atua em direção diferente da da Lua, o que reduz a variação entre maré alta e maré baixa. Isso forma as chamadas marés de quadratura.

Mesmo estando muito mais distante da Terra, o Sol ainda interfere, com cerca de 46% da força gravitacional da Lua. A água, por ser fluida, responde com facilidade a essa atração, enquanto os continentes, por serem sólidos, não se movem da mesma forma. 

Já a diferença de comportamento da maré em cada região vai depender do contorno da costa e da profundidade do fundo do mar, como explicou o oceanógrafo Joseph Harari, da Universidade de São Paulo (USP), em entrevista à revista Superinteressante

“Em certas regiões abertas, a água se espalha por uma grande área e sobe só alguns centímetros nas marés máximas. Em outras, como um braço de mar estreito, o nível pode se elevar vários metros”, apontou Harari.

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Como a maré cheia influencia a navegação em portos e canais?

A maré cheia altera a profundidade e a direção do fluxo da água, o que impacta diretamente a navegação em portos e canais. 

Durante esse momento, o nível do mar sobe e há um movimento de água em direção ao continente. Esse deslocamento de massa líquida forma correntes que podem ajudar ou dificultar a manobra das embarcações, dependendo da direção do tráfego.

Na Baía da Guanabara, por exemplo, essas correntes têm um papel importante. Quando o nível da água sobe, o fluxo se move para dentro da baía, facilitando a entrada de navios. 

Já na maré baixa, acontece o inverso: a água escoa em direção ao oceano, favorecendo a saída das embarcações.

Em canais estreitos e áreas de manobra com fundo limitado, esse fluxo pode afetar a velocidade das embarcações. Também exige atenção redobrada no controle do leme e do motor.

Impacto da maré cheia na prática da pesca esportiva

Na pesca esportiva, a maré cheia costuma atrair peixes para regiões mais rasas e próximas da costa. Isso amplia os pontos de pesca e favorece o deslocamento de espécies que se alimentam em áreas pouco acessíveis durante a maré baixa.

Pescadores tradicionais, que observam os ciclos do mar há gerações, também percebem esse comportamento.

“As marés são como guias. Elas indicam o melhor lugar para pescar ou a espécie de peixe mais abundante. Ela nos diz o que é melhor de ser feito nos próximos dias e nos dá previsão do que vai acontecer”, disse Jorge Antônio Cardoso, morador da comunidade caiçara Enseada da Baleia, na Ilha do Cardoso (SP), em entrevista ao Brasil de Fato:

Com as mudanças climáticas, porém, essa previsibilidade tem se perdido. Segundo Jorge, marés altas que antes vinham no inverno agora aparecem em outras estações, o que dificulta o planejamento das saídas ao mar.

Um relatório do Conselho Pastoral dos Pescadores mostra que 97,3% das comunidades pesqueiras consultadas já percebem alterações nas marés e no comportamento dos peixes por conta do clima.

Mesmo para quem pesca por lazer, com lancha e equipamentos esportivos, acompanhar os ciclos da maré continua sendo uma estratégia importante para escolher o melhor momento de lançar a isca.

Já viu a NX290 Exclusive em ação? Confira no vídeo como essa lancha se comporta nas águas: 

Leia mais: Lanchas de pesca: conheça suas principais características

Relação entre maré cheia e esportes náuticos

A maré cheia influencia a prática de diversos esportes náuticos, como surf, vela, kitesurf e stand up paddle.

Em áreas rasas, o aumento do nível do mar permite acesso a pontos que ficam inacessíveis na maré baixa, além de oferecer mais espaço de manobra e reduzir o risco de encalhe de pranchas e embarcações leves.

No surf, a maré cheia altera a formação das ondas, podendo deixá-las mais cheias e menos tubulares, dependendo do fundo. 

Já no kitesurf e na vela, o nível mais alto pode favorecer saídas e retornos com menos obstáculos, principalmente em praias com bancos de areia ou canais estreitos.

Ferramentas e aplicativos para acompanhar tábuas de maré

A Marinha do Brasil, por meio do Centro de Hidrografia da Marinha (CHM), disponibiliza as Tábuas de Maré oficiais com previsões para 44 portos, ilhas e barras costeiras. No site do CHM é possível baixar os PDFs das tábuas vigentes.

Além das fontes oficiais, diversos aplicativos permitem planejar sair ao mar com base nas marés:

  • High Tide: app que exibe tabelas automatizadas de maré alta/baixa, previsões de vento, gráficos e alertas.
  • Windy: oferece mapas de vento, ondas e previsões meteorológicas, o que é útil para quem pratica esportes náuticos.
  • INMET (Instituto Nacional de Meteorologia): embora não forneça tábuas de maré, o app disponibiliza condições meteorológicas que ajudam a ajustar suas previsões em função de vento, pressão e clima local.

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Riscos da navegação em áreas rasas durante a maré cheia

Embora aumente a profundidade da água, a maré cheia não elimina os riscos em regiões rasas. Com o nível do mar mais alto, estruturas submersas como pedras, bancos de areia e recifes podem ficar encobertas e invisíveis à navegação, aumentando as chances de colisão.

Além disso, em canais estreitos ou fundos móveis, o fluxo de água durante a enchente pode gerar correntes laterais que dificultam o controle da embarcação. 

Em regiões com assoreamento ou sedimentos instáveis, a maré cheia também pode dar uma falsa sensação de segurança, especialmente se o nível começar a baixar antes da saída.

Portanto, navegar nesses trechos exige atenção ao calado da lancha, uso de sonda e planejamento de rota com margem de profundidade. Mesmo durante a preia-mar, vale manter distância segura de costões e zonas mal cartografadas.

Dicas práticas para planejamento de passeios e ancoragens

Ao planejar um passeio ou uma parada com a lancha, vale considerar o horário e o nível da maré. Esse cuidado ajuda a garantir profundidade suficiente para manobras, aproximações e ancoragens seguras.

O ideal é programar a saída e o retorno próximos ao horário da preia-mar, especialmente em áreas com fundos variáveis. Em regiões de maré mais acentuada, o tempo de permanência fundeado também deve levar em conta a transição para a maré baixa.

E, claro, antes de navegar, consulte as tábuas oficiais da Marinha e acompanhe a previsão do tempo. Em locais pouco conhecidos, é importante checar o fundo com a sonda e manter uma margem segura de profundidade, levando em conta o calado da embarcação.

Quer ver mais dicas e conteúdos úteis sobre navegação e lifestyle náutico? Acompanhe o blog da NX Boats!

Imagem: mare-cheia-dicas-nx-boats.jpg

Alt text: Lancha NX350 Maximus da NX Boats navegando em alta velocidade durante a maré cheia, com o Pão de Açúcar no Rio de Janeiro ao fundo.

Legenda: NX350 Maximus by NX Boats

Conclusão

Ao longo deste artigo, vimos como a maré cheia se forma, qual sua relação com o Sol e as fases da Lua e por que esse fenômeno influencia a navegação, a pesca esportiva e até mesmo os esportes náuticos.

Também mostramos os riscos de confiar apenas no nível da água e a importância de consultar tábuas oficiais antes de navegar. 

No final das contas, o planejamento e a atenção aos detalhes da natureza é o que deixa sua experiência a bordo mais segura, eficiente e proveitosa.

E para aproveitar tudo isso com mais confiança e conforto, vale contar com uma embarcação que esteja à altura do que você espera do mar. Então, conheça as lanchas da NX Boats e descubra porque somos o estaleiro que mais cresce no Brasil!

Saiba como a maré cheia influencia navegação, pesca e esportes náuticos

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